quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Nas Pistas: Parte 1


Dicas para pilotos experientes treinarem e se aperfeiçoarem em pistas de corridas

Texto: Nenad Djordjevic/Fotos: Arquivo

Nota importante: os procedimentos a seguir destinam-se a pilotos experientes que já tenham testado suas aptidões em autódromos e que tenham pleno domínio tanto da máquina quanto das metodologias em uma pista de corridas. Não devem ser utilizados por aqueles que ainda são novos no meio.


O objetivo dessas dicas é criar a metodologia necessária para o aprimoramento da velocidade nos circuitos – portanto, parto da premissa de que o piloto-leitor conhece o circuito em que vai pilotar (e que tem pleno conhecimento de todos os aspectos operacionais de sua moto). Por se tratar de um tema extenso, será abordado em duas partes, sendo concluído na próxima edição.
A estratégia visa ordenar as ações para que possam, de fato, refletir a evolução de um piloto em dado circuito. Para tanto, é preciso criar mecanismos rígidos de conduta que irão constituir um padrão a ser seguido em outras pistas.


Comecemos, então, por definir o tempo de trabalho para cada operação, tendo sempre em mente que este aperfeiçoamento não ocorre de uma hora para outra ou de um treino para outro – é um trabalho minucioso.


A primeira coisa a estabelecer é: quantas voltas serão necessárias em dado circuito para aquecer devidamente os pneus e outros componentes da moto? Dependendo da máquina e do circuito, isso varia, recomendando-se, então, que você experimente com um inicial de duas voltas completas. Entre ao término da segunda volta e meça a temperatura dos pneus. Devem atingir a temperatura ideal de trabalho recomendada pelo fabricante dos pneus. Caso estejam abaixo, talvez necessite de uma volta complementar – a ideia é descobrir quantas voltas é preciso dar para que o equipamento reflita as condições de uma corrida. Esta saída inicial deve ser feita com as regulagens da suspensão em sua posição mediana ou com um setup já testado e confortável. Lembre-se de anotar esses dados antes de sua saída, para não se perder no que está fazendo.

RESULTADO CONSISTENTE
Agora que você já sabe quantas voltas deve dar para estar em ritmo de corrida, pode dimensionar quantas voltas terá de dar a cada saída para conseguir sempre um resultado consistente. Entenda por “resultado consistente” voltas que não tenham variação superior a 0,5 s. Obviamente, para obter este resultado, é necessário que as voltas sejam cronometradas.
Nesse sentido, o ideal é que a cronometragem aconteça de forma automática com cronômetro e sensores na moto e pista, evitando a ação humana, que pode acrescentar erro.


O restante desta matéria você encontra na edição 133 da Revista Moto Adventure

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